TEODORO MACCARI – entrevistado em 18.11.1988.
O Vigário PADRE FRANCISCO CHYLINSKI, só nos visitava uma vez a cada ano. Na Vila de Morro da Fumaça, eram poucas as famílias, mas muito unidas. Decidiu-se fazer uma Igrejinha, pequena. Se começou nos fundos. Fez-se primeiro o presbitério, a residência paroquial. Com muita paciência, as dez famílias foram construindo, em mutirão, a primeira igreja da Vila de Morro da Fumaça. Era Toda de Tijolos, o barro para fazer os tijolos, foram extraídos ai onde é a atual residência do Sr. Mário Simoni, barro esse que era amassado a pé, pelos fiéis. O Povo da Vila de Morro da Fumaça, vinham ao terço e depois ia lá na barreira amassar o barro para fazer os tijolos. Tijolo por tijolo.
SANTA GUGLIELMI ZANATTA – entrevistada em 16.08.1988, às 14:00 horas.
Hoje é dia do nosso querido São Roque. Diz Dona JOANA VERÔNICA NICHELE BERTAN, dn: 20-08-1900 (1898), que a primeira festa de São Roque, foi no dia 16/08/1915, celebrada pelo Padre polonês FRANCISCO CHYLINSKI. Ele falava polonês, alemão, latim, italiano e português.
O pai de Joana, Antonio Nichele foi o primeiro capelão da Fumaça. (BIFF, 1988, p.82).
CLAUDINO BIFF – A velha igreja era pequena e o povo era muito. Mister se fazia construir uma igreja grande. Daí há 2 anos eu celebraria minha primeira missa. Em janeiro de 1957, Pe. Luiz de Souza Àvilla, ficou 2 semanas em Morro da Fumaça. Ao lado do velho líder, José “Bepi” Guglielmi, sogro de Jorge Cechinel, saíram ambos de porta em porta com um livro de ouro na mão... José Guglielmi jogou pesado. Assinou 100 contos. Era muito dinheiro. Daria para comprar quase 100 bois... Com esses 100 contos do velho Beppi foram festejados... Aí saímos, Pe. Luiz, José Guglielmi e eu fomos à casa de Jorge. O discurso foi do sogro. Sem muita apelação pediu 100 contos de Jorge. O Jorge fez silencio... Aí Pe. Luiz abriu o livro de ouro, já tendo subscritos os 100 contos do velho José “Bepi” Guglielmi. Os brios do genro não se fizeram por menos, Jorge subscreveu também 100 contos. Não houve um fumacense, por mais pobre que fosse, que não tenha contribuído na construção da segunda e atual Igreja. (BIFF, 1988, p.81).
Em janeiro de 1958, lançou-se a pedra fundamental da nova Igreja. Da segunda e atual Igreja. Um templo semi-classico, amplo, desenhado pelo Padre Vicente, dehonista, residente em Corupá - SC. Essa planta foi buscada por Antonio Guglielmi Sobrinho, filho de José "Bépi" Guglielmi, mais tarde deputado estadual.
O povo da cidade construiu a sua matriz em onze meses, visto que no dia 14/01/1959, este amanuense devia rezar a sua primeira missa.
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Foto de Roque Salvan - 09/09/2009 |
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IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Porta de entrada - Foto de Roque Salvan - 16/08/2017 |
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IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Foto de LUIZ HENRIQUE GOULART JACINTHO - 10/08/2017 |
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IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Foto de LUIZ HENRIQUE GOULART JACINTHO - 10/08/2017 |
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IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Foto de LUIZ HENRIQUE GOULART JACINTHO - 10/08/2017 |
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IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Foto de LUIZ HENRIQUE GOULART JACINTHO - 10/08/2017 |
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IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Foto de LUIZ HENRIQUE GOULART JACINTHO - 10/08/2017 |
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IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Foto de LUIZ HENRIQUE GOULART JACINTHO - 10/08/2017 |
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Foto: Gentileza do Vereador Miguel Zaccaron Darolt |
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Gentileza: FOTO ELIAS |
Alem da Igreja, nos quatro anos de pastoreio do Padre Francisco “Chiquinho” Korner , o povo construiu o COLÉGIO-CONVENTO MARIA SANTÍSSIMA DISPENSADORA DE TODAS A GRAÇA, para as irmãs, gratuitamente. Estas pobres de Javé, quando se foram, venderam o convento e lavaram todos os despojos. Padre Francisco “Chiquinho” Korner e as irmãs sempre tiveram lutas intestinas, canônicas, com todos os bispos onde quer que tenham fixado domicilio. O Colégio encerrou as atividades em Morro da Fumaça – SC no dia 20-12-1975.
MANSUETO MACCARI, nasceu em 12/09/1913, filho de Pietro Maccari e Clementina Nichele Maccari – entrevistado em 17.08.1988.
“....Chega a Noticia que Padre Claudino Biff rezaria a sua primeira missa, no distrito de Morro da Fumaça, em 14-12-1958. Então, Pietro Maccari com seu Filho Antonio Maccari e seu Sobrinho David Maccari, pela comida do dia, coordenaram e assentaram as primeiras pedras e em nove meses, em multirão com a comunidade, ergueram a segunda e atual igreja do Distrito de Morro da Fumaça. O pedreiro Sr. Euclides José Piva acompanhou toda a obra e os mestres Pedreiros para os acabamentos finais vieram de Nova Trento.
JORGE CECHINEL – Eu gostava da igreja de Morro da Fumaça. Aquela Via–Sacra que lá existe foi um presente meu, comprado em Porto Alegre. O cônego João Dominoni achou–a tão bonita, que quis levar para Cocal do Sul... Foi uma promessa. Minha irmã Rosinha devia ser operada do apêndice. Naquele tempo era de assustar. Tudo correu bem. Daí a promessa da Via–Sacra se realizou. (BIFF, 1988, p.80).
De início havia somente uma cruz rodeada de uma cerca, onde ali se rezava. Giuseppe Guglielmi fez uma frente, contratou pedreiros e construiu a 1ª Igreja na Vila de Morro da Fumaça, entre 1912 e 1915.
JOANA VERÔNICA NICHELE BERTAN, dn: 20-08-1900 (1898) da página 30, BIFF.
C. B. – A senhora se lembra de quem ajudou na primeira igreja?
JOANA VERÔNICA NICHELE BERTAN – Meu pai Antonio Nichele foi o primeiro capelão. Os fabriqueiros da igreja foram o seu avô, Agostinho Maccari, Giacomo Savi Mondo e dos outros não me lembro. A primeira pessoa que morreu na Fumaça, foi a filha de um cunhado meu, Simão Machado, ele era serrano. Ele morava no Rio Comprudente, vivia no meio dos italianos. O nome da filhinha dele eu não me lembro. Foi enterrada no dia exato em que foi bento o cemitério. A primeira igreja foi iniciada em 1912 e foi inaugurada em 1915. não sei quando o sino velho veio.
REFERÊNCIAS
BIFF, Claudino. Morro da Fumaça e Sua Divina e Humana Comédia, 1988.