A IGREJA CATÓLICA NA VILA DE MORRO DA FUMAÇA - MUNICÍPIO DE URUSSANGA(SC) - Por Roque Salvan

MAGGIO FEST
Centenário de Morro da Fumaça
Maio de 2010

- 100 anos de Colonização (1910-2010)
- 48º aniversário de Emancipação Político-administrativo
- XIII festa do agricultor
- 60º aniversário de Fundação da Escola de Educação Básica Princesa Isabel

No período de 01/06/1910 a 12/01/1958,  a Vila de Morro da Fumaça, teve três Padres:  Padre Francisco Boleslau Chylinski, Padre Cônego João Dominoni e por último o Padre Carlos Eugênio Sorger – O Alemão.

Em 01/06/1910, fundou-se em Cocal do Sul, anteriormente Colônia de Acioli de Vasconcelos, o Curato de Cocal.  Padre FRANCISCO CHYLINSKI foi o primeiro cura, que faleceu em 14 de março de 1931.
Este mapa foi uma grande gentileza do Agrimensor Sr. Walmir Fernandes - Lauro Muller(SC)
Nossos agradecimento por Ele ter guardado e nos cedido esta relíquia.

Missão junto aos poloneses

Padre Francisco Boleslau Chylinski, nasceu na Polônia em 14 de setembro de 1864, e Faleceu repentinamente em 14 de março de 1931, sábado.
Desde o século XVIII a Polônia foi um território mártir, disputado, anulado, dividido, fragmentando entre a Prússia e a Rússia. Quando em final do século XIX o Império brasileiro favoreceu de todos os modos a imigração, muitos poloneses nela viram uma ocasião de redenção humana e social, pois, sendo lavradores sem terra, eram submetidos a trabalho servil.
A partir de 1876 chegam a Santa Catarina, instalando-se em colônias no Rio Negro, Nova Trento, Mafra, Itaiópolis, São Bento, Massaranduba e no Sul (Criciúma, Cocal, Linha Batista), a partir de 1890.
Graças ao trabalho da Igreja católica (ser polonês era ser católico) esses pobres imigrantes puderam manter seus valores familiares, culturais. Os Padres da Missão (Vicentinos), Salesianos e diocesanos, todos vindos da Polônia, deram-lhes atendimento humano e espiritual.
Entre 1848 e 1918 a província polonesa de Posnanska, berço da nação polaca, foi anexada à Prússia com o nome de Posen. A Prússia protestante dominava uma Província 90% católica e procurava protestantizá-la. Berlim instituiu até uma Comissão de Liquidação, para comprar terrenos dos poloneses e torná-los acessíveis aos alemães.
É essa a razão pela qual em 1895 o Pe. Francisco Boleslau Chylinski chega ao Brasil como de nacionalidade “prussiana”. Foi ele o grande missionário dos poloneses do sul catarinense, notadamente de Cocal. A fluência nas línguas alemã, polonesa e italiana favoreceu o apostolado no mosaico de colônias catarinenses.

Vocação missionária

Francisco Boleslau Chylinski nasceu na Polônia em 14 de setembro de 1864 e foi ordenado presbítero em Cracóvia em 01 de julho de 1888, recebendo o nome de Frei Boleslau. Pertencia à “Ordem de São Paulo Primeiro Eremita” ou “Eremitas de São Paulo”, comunidade do século XIII que, no início do terceiro milênio, ainda permanece viva e conhecida, pois é responsável pelo Santuário de Jasna Gora de Czestochowa, berço do catolicismo e da nação polonesa. Chegou ao Brasil em 1895.
Em quatro de setembro de 1894 recebe o Indulto de Secularização temporária.pela Sagrada Congregação para a Disciplina Regular, e o Perpétuo em 21 de janeiro de 1896.
Em dois de abril de 1895 recebeu o Uso de Ordens na Diocese de Curitiba, seguido da nomeação para Vigário paroquial de Nossa Senhora da Piedade em Tubarão-SC, com residência em São Ludgero. Seguindo a lei, em 1º de julho de 1896 presta o Juramento de Compatriação e de permanência no Bispado de Curitiba. Em 1º de julho de 1896 é incardinado na diocese de Curitiba - PR. Entre 1896-1897 é vigário encarregado de São João Batista em Imaruí-SC, e, de 1898 a 1910, foi pároco de Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Araranguá - SC.

Padre a serviço de poloneses, alemães e italianos

Os colonos poloneses necessitam de um padre e assim em 1º de junho de 1910 é nomeado pároco de Araranguá e cura do Curato da Natividade de Nossa Senhora, na Colônia de Acioli de Vasconcelos atual Cocal do Sul - SC. Finalmente, de 1912 a 1931 é o cura e pároco da Colônia de Acioli de Vasconcelos, Hoje Município de Cocal do Sul. A colonização de Cocal do Sul está ligada à chegada dos primeiros colonos poloneses a outros lugares do Sul Catarinense.
Seu raio de ação é imenso, pois se desdobra entre as colônias polacas, alemãs e italianas, tenta apaziguar conflitos de nacionalidades e de devoções. Pe. Chylinski, um contemplativo mergulhado na ação, sabe esquecer as dores por sua Pátria dominada pela Prússia, a todos atendendo com o mesmo afeto pastoral. Granjeou a confiança dos padres alemães e italianos, pois o eixo da unidade era a fé e não a nacionalidade.
Em oito de janeiro de 1930, reconhecendo o conhecimento que o Pe. Chylinski tem do sul do Estado e sua competência em cartografia, Dom Joaquim lhe pede que faça um mapa da região com os limites das possíveis paróquias de Pedras Grandes (?) (Praia Grande - SC), Turvo e Retiro da União (Sombrio, paróquia 31 de abril de 1938), Passo do Sertão (São João do Sul, paróquia em 17 de janeiro de 1953), etc, e de Orleans, que não tinha instituição canônica. O mapa, muito exato, está guardado no Arquivo da Arquidiocese de Florianópolis. Em 14 de março de 1930 Dom Joaquim lhe agradece o trabalho e mais, pede um mapa com os limites da possível paróquia de Cocal do Sul - SC.

(...)
........No decurso do governo pastoral de Dom João Becker e Dom Joaquom Domingues de Oliveira foram investidos das funções de párocos de Araranguá: de 1907 a 1910 o Padre Miguel Pizzio; de 1910 a 1911 o Padre Francisco Chylinski. – fonte: http://www.clicengenharia.com.br/praiagrande/pessoas/padres.htm  -  disponével em 20/03/2010 - 17:26hs
A saúde do incansável missionário dá sinais de esgotamento. Em 27 de fevereiro de 1931 Pe. Luiz Gilli comunica a Frei Evaristo, Vigário Geral, que Pe. Chylinski teve um infarto e ficou 12 dias sem poder celebrar. Nesta data celebra, mas lhe é recomendado repouso absoluto.
Pe. Chylinski faleceu repentinamente em 14 de março de 1931, sábado, aos 67 anos. Naquele domingo, dia 15, receberia a dignidade de Monsenhor. Não precisava disso: seu trabalho é sua honra.
Foi sepultado na segunda-feira, banhado pelas lágrimas de todo um povo que não poderia se imaginar sem sua presença santa e dedicada.

Fonte: http://pebesen.wordpress.com/padres-da-igreja-catolica-em-santa-catarina/padre-francisco-chylinski/  -  acessado em 27/02/2010. Do Autor PADRE JOSÉ ARTULINO BESEN, nasceu em Antônio Carlos – SC, em 17 de setembro de 1949. Foi ordenado presbítero da Arquidiocese de Florianópolis por Dom Afonso Niehues, em 3 de julho de 1976.

            CÔNEGO JOÃO DOMINONI, com o falecimento repentino do Pe. Chylinski em 14 de março de 1931, assume a partir do ano de 1932, a futura paróquia de Cocal do Sul – SC,  com as seguintes capelas de:
  1. SÃO ROQUE na Vila de Morro da Fumaça;
  2. NOSSA SENHORA DO CARMO de Linha Torrens;
  3. NOSSA SENHORA DO CARAVÁGGIO de Rio Comprudente;
  4. SANTA CATARINA de Estação Cocal;
  5. SÃO CASEMIRO de Linha Batista;
  6. SÃO JOÃO de Urussanga Baixa;
  7. NOSSA SENHORA DA GLORIA de Rio Galo.  

Cônego João Dominoni. Nasceu em Florianópolis - SC em  05/02/1903. Filho de Clemente Dominoni e Angélica Fanzier. Faleceu no dia 29/01/1974.A locomoção dos Padres FRANCISCO CHYLINSKI e CÔNEGO JOÃO DOMINONI era a cavalo, com bons cavalos. Vinham pela Linha Torrens até chegar na Vila de Morro da Fumaça, depois melhorou, vinham de aranha.





    A 1ª Igreja na Vila de Morro da Fumaça foi iniciada em 1912 e inaugurada em 1915, no dia da festa de São Roque, 16 de agosto de 1915 (pág. 30) – Livro Morro da Fumaça e sua Divina e Humana Comédia – Pe. Claudino Biff.
    O livro no arquivo da Paróquia São Roque traz a data de 1915, um dos livros mais antigos que temos.
    A Igreja de Morro da Fumaça era atendida pelos Padres da Paróquia de Cocal, Hoje Cocal do Sul, Pe. Polonês Francisco Schilinski, Cônego Pe. João Dominoni e Pe. Carlos Eugênio Sorger, Alemão.
    A 1ª Festa de São Roque, no dia 16 de Agosto de 1915 foi celebrada pelo Pe. Francisco Schilinski.

O SINO
O sino mais antigo é de 1923 da fundição do Rio de Janeiro.






Padre Carlos Eugênio Sorger – O Alemão

            Carlos Eugênio Sorger, conhecido na região por Padre Alemão, veio para o Brasil, em função da segunda guerra Mundial. Na Alemanha de Hitler, foi torturado pelos nazistas, restando-lhe deixar seu país e sua família, para poder continuar seu trabalho de pastoral.
            Filho de Médico, nasceu na Alemanha no dia 30/08/1910. Foi ordenado sacerdote em Curitiba, no dia 30/06/1940 e rezou sua primeira missa no dia 07/07/1940 em União da Vitória no Paraná. Em 1944 foi designado e prestou seu apostolado como coadjutor em Rio Fortuna na época Município de Braço do Norte – SC.
            Chegou em Cocal do Sul, no dia 05 de março de 1946, quando começou a ajudar o Cônego Padre Dominoni, mas a Provisão Diocesana o nomeando Coadjutor da Paróquia só veio em 22 de janeiro de 1947, embora já em 15/04/1946 foi encontrado documento de casamento oficializado por Padre Alemão.
            Comentava-se que era um foragido do nazismo e de organizações militares de seu país de origem, e, por isso tinha uma “telha-corrida”, motivo de seu constante nervosismo. Outros diziam ter sido enfermeiro ou médico, pois era um estudioso de vias circulatórias do corpo humano.
            Nunca perdeu seu acentuado sotaque da língua Alemã. Sempre agitado e agressivo como o seu superior. Em seus sermões dominicais, criticava o povo e fiéis por seus comportamentos e principalmente as moças por seus costumes e vestes.  No confessionário a primeira pergunta era: “bebes cachaça?...”
            Padre Alemão, possuía um bode, e quando de suas brigas constantes com a sua secretária, o atiçava contra ela dizendo que como eram dois teimosos, deveriam bater cabeças.
            Pediu transferência da Paróquia de Cocal do Sul, paroquiou em Sombrio – SC, São João Batista em Tijucas – SC, e retorna novamente a Cocal do Sul em 1966, transferindo-se mais tarde para a paróquia de Imbituba – SC, atendia no hospital e na capela de Mirim e arredores.
            O Padre Carlos Eugênio Sorger, o Alemão, tinha o hábito de viajar para outras paróquias, não tendo uma residência fixa. Viajava muito, sempre pedindo carona e isto ocorreu até 1973, quando definitivamente se afasta da paróquia de Cocal.
            Não se sabe ao certo o paradeiro do padre Carlos Sorger, mais existem notícias de que tenha ido para Portugal e depois, com a queda do muro de Berlim em 1989, voltou para o seu país. Alemanha.

O SÃO ROQUE,  o Padroeiro
E o São Roque?
            O Pai do Sr. Pedro Gabriel, esculpiu a formão e a canivete duas imagens, uma de São Roque e outra de Nsa. Sra. da Gloria e doou a Igreja de Morro da Fumaça.
Mais tarde, a Igreja recebeu as novas e grandes imagens que ai estão. As duas pequenas imagens se perderam no tempo, eram relíquias, que dó!...  Quando chegou o São Roque e quando chegou a Imaculada, as estatuas do Sr. Gabriel ficaram de lado. A família dos Gabriel sofreram muito.  Diz-se que o escultor rogou uma praga para que chovesse todos os dias 16 de agosto. As vezes a praga pegava.
            Portanto, no dia 16 de agosto, se cultuava o São Roque Grande e, a família Gabriel e mais um tanto de piedosos festejavam São Roquinho no dia 17 de agosto, (pág.86 do Livro Morro da Fumaça e sua Divina e Humana Comédia – Pe. Claudino Biff.)
            O primeiro São Roque foi esculpido pelo Pai do Sr. Pedro Gabriel que se chamava Guerino Gabriel e a esposa Antonieta; esta imagem pequena foi trazida da Itália.
            A imagem da Imaculada pequenina, também trazida da Itália, (pág.29 do Livro Morro da Fumaça e sua Divina e Humana Comédia – Pe. Claudino Biff.) e,  (Livro Tombo II pág. 101 da Paróquia São Roque).

            Minha vinda como pároco da Paróquia São Roque de Morro da Fumaça, dia 30/01/2000, conhecendo um pouco da história, pois quando criança acompanhava o Cônego João Dominoni, eu me interessei pelo assunto de investigar com as famílias, o paradeiro de São Roquinho e por graça consegui de volta a pequenina e simpática imagem de São Roquinho, o 1º da Igreja e do povo de Morro da Fumaça.
            É bom saber que a imagem de São Roquinho esteve pelo Rio Maina, Criciúma e por último estava na residência aqui em Morro da Fumaça com a Sra. Bernadete Fernandes, em uma gruta na sua residência.
No dia 19 de Setembro de 2007, Eu doei uma imagem de gesso para a família e trouxe com carinho para a casa paroquial a imagem verdadeira, que deve ser retocada  para o Jubileu dos 50 anos de Paróquia de Morro da Fumaça e voltará para os nossos altares.  Está faltando ainda a imagem da Imaculada. São Roque interceda por todos nós. Amém.
            Historia da verdadeira historia – Pe. Orlando Antonio Cechinel.

            Dia 12 de janeiro de 1958 com a criação da nova Paróquia de Morro da Fumaça, São Roque, por Dom Anselmo Pietrula, Bispo de Tubarão, a paróquia de Cocal na pessoa do Cônego João Dominoni entregou para nova paróquia,  Linha Torrens a imagem de Nsa. Sra. Do Carmo.

A IGREJA CATÓLICA EM MORRO DA FUMAÇA-SC

            CLAUDINO BIFF – A velha igreja era pequena e o povo era muito. Mister se fazia construir uma igreja grande. Daí há 2 anos eu celebraria minha primeira missa. Em janeiro de 1957, Pe. Luiz de Souza Àvilla, ficou 2 semanas em Morro da Fumaça. Ao lado do velho líder, José “Bepi” Guglielmi, sogro de Jorge Cechinel, saíram ambos de porta em porta com um livro de ouro na mão... José Guglielmi jogou pesado. Assinou 100 contos. Era muito dinheiro. Daria para comprar quase 100 bois... Com esses 100 contos do velho Beppi foram festejados... Aí saímos, Pe. Luiz, José Guglielmi e eu fomos à casa de Jorge. O discurso foi do sogro. Sem muita apelação pediu 100 contos de Jorge. O Jorge fez silencio... Aí Pe. Luiz abriu o livro de ouro, já tendo subscritos os 100 contos do velho José “Bepi” Guglielmi. Os brios do genro não se fizeram por menos, Jorge subscreveu também 100 contos. Não houve um fumacense, por mais pobre que fosse, que não tenha contribuído na construção da atual Igreja. (BIFF, 1988, p.81).


JORGE CECHINEL – Eu gostava da igreja de Morro da Fumaça. Aquela Via–Sacra que lá existe foi um presente meu, comprado em Porto Alegre. O cônego João Dominoni achou–a tão bonita, que quis levar para Cocal do Sul...  Foi uma promessa. Minha irmã Rosinha devia ser operada do apêndice. Naquele tempo era de assustar. Tudo correu bem. Daí a promessa da Via–Sacra se realizou. (BIFF, 1988, p.80).


SANTA GUGLIELMI ZANATTA – entrevistada em 16.08.1988, às 14:00 horas.

            Hoje é dia do nosso querido São Roque. Diz Dona JOANA VERÔNICA NICHELE BERTAN, dn: 20-08-1900 (1898),  que a primeira festa de São Roque, foi no dia 16/08/1915, celebrada pelo Padre polonês Francisco Schilinski. Ele falava polonês, alemão, latim, italiano e português.
            O pai de Joana, Antonio Nichele foi o primeiro capelão da Fumaça. (BIFF, 1988, p.82).
  
De início havia somente uma cruz rodeada de uma cerca, onde ali se rezava. Giuseppe Guglielmi fez uma frente, contratou pedreiros e construiu a  1ª Igreja na Vila de Morro da Fumaça.

JOANA VERÔNICA NICHELE BERTAN, dn: 20-08-1900 (1898) da página 30, BIFF.
C. B. – A senhora se lembra de quem ajudou na primeira igreja?
JOANA VERÔNICA NICHELE BERTAN – Meu pai Antonio Nichele foi o primeiro capelão. Os fabriqueiros da igreja foram o seu avô, Agostinho Maccari, Giacomo Savi Mondo e dos outros não me lembro. A primeira pessoa que morreu na Fumaça, foi a filha de um cunhado meu, Simão Machado, ele era serrano. Ele morava no Rio Comprudente, vivia no meio dos italianos. O nome da filhinha dele eu não me lembro. Foi enterrada no dia exato em que foi bento o cemitério. A primeira igreja foi iniciada em 1912 e foi inaugurada em 1915. não sei quando o sino velho veio.

Livro Tombo de Cocal do Sul – (SC)

Nesses cinqüenta anos de paróquia:
 1º Pároco – Pe. Francisco Korner – 12/01/1958
 2º Pároco – Pe. Luiz de Souza Ávila – 01/01/1962
 3º Pároco – Pe. Júlio Viggers – 02/02/1966
 4º Pároco – Pe. Ludgero Waterkemper – 01/01/1968
 5º Paroco – Pe. Jorge Darós – 01/01/1974
 6º Pároco – Pe. José Benjamin Cipriano “zezinho” – 25/10/1981
 7º Pároco – Pe. Silvestre Philippi – 30/01/1988
 8º Pároco – Pe. Dionísio Feltrin – 04/03/1989
 9º Pároco – Pe. Arcângelo Bussolo – 01/02/1991
*Pe. Ludgero Waterkemper e Pe. Claudino Biff -  ambos sepultados no cemitério de Morro da Fumaça-SC.
10º Pároco – Pe. Orlando Antonio Cechinel – 30/01/2000
*Vigários auxiliares do Pe. Arcângelo Bussolo
Fontes: Livros Tombo I e II - Pe. Orlando Antonio Cechinel - Paróquia São Roque de Morro da Fumaça - SC

REFERÊNCIAS


BIFF, Claudino. Morro da Fumaça e Sua Divina e Humana Comédia, 1988.

HISTÓRIA DA IGREJA CATÓLICA DE MORRO DA FUMAÇA-SC - Por Pe. Orlando Cechinel


            A 1ª Igreja na Vila de Morro da Fumaça foi iniciada em 1912 e inaugurada em 1915, no dia da festa de São Roque, 16 de agosto de 1915 (pág. 30) – Livro Morro da Fumaça e sua Divina e Humana Comédia – Pe. Claudino Biff.
O livro no arquivo da Paróquia São Roque traz a data de 1915, um dos livros mais antigos que temos.
            A Igreja de Morro da Fumaça era atendida pelos Padres da Paróquia de Cocal, Hoje Cocal do Sul,  Pe. Polonês Francisco Boleslau Chylinski, Cônego Pe. João Dominoni e Pe. Carlos Eugênio Sorger, Alemão.
A 1ª Festa de São Roque, no dia 16 de Agosto de 1915 foi celebrada pelo Pe. Francisco Boleslau Chylinski. O sino mais antigo é de 1923 da fundição do Rio de Janeiro.

            E o São Roque?
           
O Pai do Sr. Pedro Gabriel, esculpiu a formão e a canivete duas imagens, uma de São Roque e outra de Nsa. Sra. da Gloria e doou a Igreja de Morro da Fumaça.
Mais tarde, a Igreja recebeu as novas e grandes imagens que ai estão. As duas pequenas imagens se perderam no tempo, eram relíquias, que dó!...  Quando chegou o São Roque e quando chegou a Imaculada, as estatuas do Sr. Gabriel ficaram de lado. A família dos Gabriel sofreram muito.  Diz-se que o escultor rogou uma praga para que chovesse todos os dias 16 de agosto. As vezes a praga pegava.
            Portanto, no dia 16 de agosto, se cultuava o São Roque Grande e, a família Gabriel e mais um tanto de piedosos festejavam São Roquinho no dia 17 de agosto, (pág.86 do Livro Morro da Fumaça e sua Divina e Humana Comédia – Pe. Claudino Biff.)
            O primeiro São Roque foi esculpido pelo Pai do Sr. Pedro Gabriel que se chamava Guerino Gabriel e a esposa Antonieta, esta imagem pequena foi trazida da Itália.
            A imagem da Imaculada pequenina, também trazida da Itália, (pág.29 do Livro Morro da Fumaça e sua Divina e Humana Comédia – Pe. Claudino Biff.) e,  (Livro Tombo II pág. 101 da Paróquia São Roque).

            Minha vinda como pároco da Paróquia São Roque de Morro da Fumaça, dia 30/01/2000, conhecendo um pouco da história, pois quando criança acompanhava o Cônego João Dominoni, eu me interessei pelo assunto de investigar com as famílias, o paradeiro de São Roquinho e por graça consegui de volta a pequenina e simpática imagem de São Roquinho, o 1º da Igreja e do povo de Morro da Fumaça.
            É bom saber que a imagem de São Roquinho esteve pelo Rio Maina, Criciúma e por último estava na residência aqui em Morro da Fumaça com a Sra. Bernadete Fernandes, em uma gruta na sua residência.
No dia 19 de Setembro de 2007, Eu doei uma imagem de gesso para a família e trouxe com carinho para a casa paroquial a imagem verdadeira, que deve ser retocada  para o Jubileu dos 50 anos de Paróquia de Morro da Fumaça e voltará para os nossos altares.  Está faltando ainda a imagem da Imaculada. São Roque interceda por todos nós. Amém.
 Historia da verdadeira historia – Pe. Orlando Antonio Cechinel.

                  
Dia 12 de janeiro de 1958 com a criação da nova Paróquia de Morro da Fumaça, São Roque, por Dom Anselmo Pietrula, Bispo de Tubarão, a paróquia de Cocal do Sul na pessoa do Cônego João Dominoni entregou para nova paróquia,  Linha Torrens, a imagem de Nsa. Sra. Do Carmo. – Pe. Orlando Antonio Cechinel
História Religiosa em Morro da Fumaça 
Pelos idos de 1910, chegaram os primeiros imigrantes a Morro da Fumaça. Eram todos italianos ou seus descendentes. Ali chegados, encontraram várias famílias de russos de origem alemã, expulsos da Bielo-Rússia. Eram adventistas que guardavam o sábado. Gente piedosa e boa, mas sem a mínima assistência por parte de seus pastores. Línguas e religiões diferentes fizeram com que eles partissem para outras terras.
O cemitério adventista estava plantado à pouca distancia da capela de Linha Torrens. Bortolo Bif comprou suas terras, suas casas e a Igreja de madeira que lhes servia de lugar de oração. Bortolo Bif monta seu cavalo e demanda a Florianópolis e aí solicita uma audiência a Dom João Becker. Dele recebe licença de rezar numa igreja adventista. O Senhor Bispo aconselhou que o vigário de Cocal, Padre Francisco Chylinski, benzesse a dita igreja e a colocasse para o uso dos católicos. Por muitos anos esta foi a Igreja de Morro da Fumaça.  Depois a sede de Morro da Fumaça começou a se povoar.
O povo houve por bem fazer uma Igreja maior, para atender às necessidades religiosas. Sentindo-se maior, esse povo de Morro da Fumaça organizou mais de dez comissões que se deslocavam para Florianópolis, para solicitar de Dom Joaquim Domingues de Oliveira a criação da Paróquia de Morro da Fumaça. Antes que a comitiva chegasse ao Paço Episcopal, o vigário de Cocal, Cônego João Dominoni já convencera o Senhor Arcebispo de não fazer de Morro da Fumaça uma Paróquia.
Quando se prenunciava a criação da Diocese de Tubarão, Dom Joaquim fez sua última visita a Morro da Fumaça. E o nome do padre para a cidade ficou nos arcanos de Florianópolis. Como no final da visita, o Arcebispo não declarou Morro da Fumaça Paróquia, o povo começou a gritar: “Queremos Padre, queremos Padre!”  O Arcebispo não gostou do protesto e rebateu: “Não admito desaforo de italiano topetudo”. Ao que respondeu o patriarca JOSÉ "BÉPI" GUGLIELMI: “O Senhor É topetudo em Florianopolis. Mas quem manda em Morro da Fumaça é José "Bépi" Gugliemi”.

A criação da Paróquia de São Roque, em 12 de janeiro de 1958, no Distrito de Morro da Fumaça, deve-se ao grande empenho de zelosos católicos locais, como: JOSÉ GUGLIELMI, EUGÊNIO PAGNAN, ANTONIO GUGLIELMI, JORGE CECHINEL, PEDRO SARTOR e outros.

Além de Cocal do Sul, Jaguaruna e Içara também cederam capelas suas para a formação da nova comunidade religiosa.

A Comunidade de Linha Torrens, Linha Anta, Esplanada, Santa Apolônia, Rio Vargedo e São João de Urussanga Baixa formam com a Matriz a nova Paróquia de Morro da Fumaça.

A IGREJA CATÓLICA EM MORRO DA FUMAÇA-SC - Por Pe. Claudino Biff e outros

TEODORO MACCARI – entrevistado em 18.11.1988.

            O Vigário PADRE FRANCISCO CHYLINSKI, só nos visitava uma vez a cada ano. Na Vila de Morro da Fumaça, eram poucas as famílias, mas muito unidas. Decidiu-se fazer uma Igrejinha, pequena. Se começou nos fundos. Fez-se primeiro o presbitério, a residência paroquial. Com muita paciência, as dez famílias foram construindo, em mutirão, a primeira igreja da Vila de Morro da Fumaça. Era Toda de Tijolos, o barro para fazer os tijolos, foram extraídos ai onde é a atual residência do Sr. Mário Simoni, barro esse que era amassado a pé, pelos fiéis. O Povo da Vila de Morro da Fumaça, vinham ao terço e depois ia lá na barreira amassar o barro para fazer os tijolos. Tijolo por tijolo.

SANTA GUGLIELMI ZANATTA – entrevistada em 16.08.1988, às 14:00 horas.

            Hoje é dia do nosso querido São Roque. Diz Dona JOANA VERÔNICA NICHELE BERTAN, dn: 20-08-1900 (1898),  que a primeira festa de São Roque, foi no dia 16/08/1915, celebrada pelo Padre polonês FRANCISCO CHYLINSKI. Ele falava polonês, alemão, latim, italiano e português.
            O pai de Joana, Antonio Nichele foi o primeiro capelão da Fumaça. (BIFF, 1988, p.82).


            CLAUDINO BIFF – A velha igreja era pequena e o povo era muito. Mister se fazia construir uma igreja grande. Daí há 2 anos eu celebraria minha primeira missa. Em janeiro de 1957, Pe. Luiz de Souza Àvilla, ficou 2 semanas em Morro da Fumaça. Ao lado do velho líder, José “Bepi” Guglielmi, sogro de Jorge Cechinel, saíram ambos de porta em porta com um livro de ouro na mão... José Guglielmi jogou pesado. Assinou 100 contos. Era muito dinheiro. Daria para comprar quase 100 bois... Com esses 100 contos do velho Beppi foram festejados... Aí saímos, Pe. Luiz, José Guglielmi e eu fomos à casa de Jorge. O discurso foi do sogro. Sem muita apelação pediu 100 contos de Jorge. O Jorge fez silencio... Aí Pe. Luiz abriu o livro de ouro, já tendo subscritos os 100 contos do velho José “Bepi” Guglielmi. Os brios do genro não se fizeram por menos, Jorge subscreveu também 100 contos. Não houve um fumacense, por mais pobre que fosse, que não tenha contribuído na construção da segunda e atual Igreja. (BIFF, 1988, p.81).

Em janeiro de 1958, lançou-se a pedra fundamental da nova Igreja. Da segunda e atual Igreja. Um templo semi-classico, amplo, desenhado pelo Padre Vicente, dehonista, residente em Corupá - SC. Essa planta foi buscada por Antonio Guglielmi Sobrinho, filho de José "Bépi" Guglielmi, mais tarde deputado estadual.
O povo da cidade construiu a sua matriz em onze meses, visto que no dia 14/01/1959, este amanuense devia rezar a sua primeira missa.

Foto de Roque Salvan - 09/09/2009
IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Porta de entrada - Foto de Roque Salvan - 16/08/2017
IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Foto de LUIZ HENRIQUE GOULART JACINTHO - 10/08/2017

IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Foto de LUIZ HENRIQUE GOULART JACINTHO - 10/08/2017

IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Foto de LUIZ HENRIQUE GOULART JACINTHO - 10/08/2017

IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Foto de LUIZ HENRIQUE GOULART JACINTHO - 10/08/2017

IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Foto de LUIZ HENRIQUE GOULART JACINTHO - 10/08/2017

IGREJA CATÓLICA MATRIZ SÃO ROQUE - MORRO DA FUMAÇA-SC - Foto de LUIZ HENRIQUE GOULART JACINTHO - 10/08/2017


Foto: Gentileza do Vereador Miguel Zaccaron Darolt
Gentileza: FOTO ELIAS
 Alem da Igreja, nos quatro anos de pastoreio do Padre Francisco “Chiquinho” Korner , o povo construiu o COLÉGIO-CONVENTO MARIA SANTÍSSIMA DISPENSADORA DE TODAS A GRAÇA, para as irmãs, gratuitamente. Estas pobres de Javé, quando se foram, venderam o convento e lavaram todos os despojos. Padre Francisco “Chiquinho” Korner e as irmãs sempre tiveram lutas intestinas, canônicas, com todos os bispos onde quer que tenham fixado domicilio. O Colégio encerrou as atividades em Morro da Fumaça – SC no dia 20-12-1975.


MANSUETO MACCARI, nasceu em 12/09/1913, filho de Pietro Maccari e Clementina Nichele Maccari – entrevistado em 17.08.1988.

“....Chega a Noticia que Padre Claudino Biff rezaria a sua primeira missa, no distrito de Morro da Fumaça,  em 14-12-1958. Então, Pietro Maccari com seu Filho Antonio Maccari e seu Sobrinho David Maccari, pela comida do dia, coordenaram e assentaram as primeiras pedras e em nove meses, em multirão com a comunidade, ergueram a segunda e atual igreja do Distrito de Morro da Fumaça. O pedreiro Sr. Euclides José Piva acompanhou toda a obra e os mestres Pedreiros para os acabamentos finais vieram de Nova Trento.   

JORGE CECHINEL – Eu gostava da igreja de Morro da Fumaça. Aquela Via–Sacra que lá existe foi um presente meu, comprado em Porto Alegre. O cônego João Dominoni achou–a tão bonita, que quis levar para Cocal do Sul...  Foi uma promessa. Minha irmã Rosinha devia ser operada do apêndice. Naquele tempo era de assustar. Tudo correu bem. Daí a promessa da Via–Sacra se realizou. (BIFF, 1988, p.80).

De início havia somente uma cruz rodeada de uma cerca, onde ali se rezava. Giuseppe Guglielmi fez uma frente, contratou pedreiros e construiu a  1ª Igreja na Vila de Morro da Fumaça, entre 1912 e 1915.

JOANA VERÔNICA NICHELE BERTAN, dn: 20-08-1900 (1898) da página 30, BIFF.
C. B. – A senhora se lembra de quem ajudou na primeira igreja?
JOANA VERÔNICA NICHELE BERTAN – Meu pai Antonio Nichele foi o primeiro capelão. Os fabriqueiros da igreja foram o seu avô, Agostinho Maccari, Giacomo Savi Mondo e dos outros não me lembro. A primeira pessoa que morreu na Fumaça, foi a filha de um cunhado meu, Simão Machado, ele era serrano. Ele morava no Rio Comprudente, vivia no meio dos italianos. O nome da filhinha dele eu não me lembro. Foi enterrada no dia exato em que foi bento o cemitério. A primeira igreja foi iniciada em 1912 e foi inaugurada em 1915. não sei quando o sino velho veio.

REFERÊNCIAS
BIFF, Claudino. Morro da Fumaça e Sua Divina e Humana Comédia, 1988.

A PARÓQUIA DE MORRO DA FUMAÇA(sc) - Por Roque Salvan

Do Livro Tombo de Cocal do Sul – (SC), Pe.Orlando Antônio Cechinel, atual pároco de Morro da Fumaça, extraiu OS PÁROCOS Nesses cinqüenta anos de paróquia em MORRO DA FUMAÇA:
1º Pároco – Pe. Francisco “Chiquinho” Korner – 12/01/1958
2º Pároco – Pe. Luiz de Souza Ávila – 01/01/1962
3º Pároco – Pe. Júlio Viggers – 02/02/1966
4º Pároco – Pe. Ludgero Waterkemper – 01/01/1968
5º Paroco – Pe. Jorge Darós – 01/01/1974
6º Pároco – Pe. José Benjamin Cipriano “zezinho” – 25/10/1981
7º Pároco – Pe. Silvestre Philippi – 30/01/1988
8º Pároco – Pe. Dionísio Feltrin – 04/03/1989
9º Pároco – Pe. Arcângelo Bussolo – 01/02/1991
                    *Pe. Ludgero Waterkemper e Pe. Claudino Biff -  ambos sepultados no cemitério de Morro da Fumaça-SC.
10º Pároco – Pe. Orlando Antonio Cechinel – 30/01/2000
*Vigários auxiliares do Pe. Arcângelo Bussolo
Fontes: Livros Tombo I e II - Pe. Orlando Antonio Cechinel - Paróquia São Roque de Morro da Fumaça - SC





4º Pároco – Pe. Ludgero Waterkemper – 01/01/1968

5º Paroco – Pe. Jorge Darós – 01/01/1974

http://paroquiasaoroque-mf.blogspot.com.br/2011/07/6-paroco-no-municipio-de-morro-da.html

7º Pároco – Pe. Silvestre Philippi – 30/01/1988

8º Pároco – Pe. Dionísio Feltrin – 04/03/1989

http://paroquiasaoroque-mf.blogspot.com.br/2011/07/9-paroco-no-municipio-de-morro-da.html

http://paroquiasaoroque-mf.blogspot.com.br/2011/07/10-paroco-no-municipio-de-morro-da.html

Pe. Claudino Biff, Vigário auxiliar do Pe. Arcângelo Bússolo