Carlos Eugênio Sorger,
 conhecido na região por Padre Alemão, veio para o Brasil, em função da 
segunda guerra Mundial. Na Alemanha de Hitler, foi torturado pelos 
nazistas, restando-lhe deixar seu país e sua família, para poder 
continuar seu trabalho de pastoral.
           
 Filho de Médico, nasceu na Alemanha no dia 30/08/1910. Foi ordenado 
sacerdote em Curitiba, no dia 30/06/1940 e rezou sua primeira missa no 
dia 07/07/1940 em União da Vitória no Paraná. Em 1944 foi designado e 
prestou seu apostolado como coadjutor em Rio Fortuna na época Município 
de Braço do Norte – SC.
            Chegou em Cocal do Sul, no dia 05 de março de 1946, quando começou a ajudar o Cônego Padre Dominoni,
 mas a Provisão Diocesana o nomeando Coadjutor da Paróquia só veio em 22
 de janeiro de 1947, embora já em 15/04/1946 foi encontrado documento de
 casamento oficializado por Padre Alemão.
           
 Comentava-se que era um foragido do nazismo e de organizações militares
 de seu país de origem, e, por isso tinha uma “telha-corrida”, motivo de
 seu constante nervosismo. Outros diziam ter sido enfermeiro ou médico, 
pois era um estudioso de vias circulatórias do corpo humano.
           
 Nunca perdeu seu acentuado sotaque da língua Alemã. Sempre agitado e 
agressivo como o seu superior. Em seus sermões dominicais, criticava o 
povo e fiéis por seus comportamentos e principalmente as moças por seus 
costumes e vestes.  No confessionário a primeira pergunta era: “bebes 
cachaça?...”
           
 Padre Alemão, possuía um bode, e quando de suas brigas constantes com a
 sua secretária, o atiçava contra ela dizendo que como eram dois 
teimosos, deveriam bater cabeças.
           
 Pediu transferência da Paróquia de Cocal do Sul, paroquiou em Sombrio –
 SC, São João Batista em Tijucas – SC, e retorna novamente a Cocal do 
Sul em 1966, transferindo-se mais tarde para a paróquia de Imbituba – 
SC, atendia no hospital e na capela de Mirim e arredores. 
           
 O Padre Carlos Eugênio Sorger, o Alemão, tinha o hábito de viajar para 
outras paróquias, não tendo uma residência fixa. Viajava muito, sempre 
pedindo carona e isto ocorreu até 1973, quando definitivamente se afasta
 da paróquia de Cocal.
           
 Não se sabe ao certo o paradeiro do padre Carlos Sorger, mais existem 
notícias de que tenha ido para Portugal e depois, com a queda do muro de
 Berlim em 1989, voltou para o seu país. Alemanha.
Pesquisa e fonte: MARISA GALLI PAGNAN -
Cocal do Sul (SC)
Nossos agradecimentos!  

