Pe. Claudino Biff

Pe. Claudino Biff

Padre, escritor, poeta e historiador, nasceu no dia 19-08-1932, ordenado no dia 08-12-1958 aos 26 anos de idade. Faleceu em 28-10-1998 com 66 anos. Filho do Intendente LEANDRO SIMON BIF e IDALINA MACCARI, Neto de BORTOLO BIF  e HERMENEGILDA SIMON BIF  e  AGOSTINO MACCARI e TERESA CITADIN MACCARI.
Rezou sua primeira missa, na nova e atual igreja de Morro da Fumaça no dia 14-12-1958.  São seus irmãos: Paulino Bif, Olga Bif de Pellegrin  e  Inês Bif (Irmã Anselma).
Sua maior missão de vida era ajudar o próximo, sendo que nos últimos anos, se dedicava a proferir palestras para os jovens drogados. Um de seus livros, “Raissa, uma viagem ao paraíso das drogas”, veio de sua dedicação aos jovens e também de sua contribuição na recuperação de uma jovem viciada em drogas, quando morou na Itália. Grande parte, a essência da história da Vila, distrito e Município de Morro da Fumaça, foi resgatada graças as entrevistas, coletas e escritas em uma de sua grande obra, um presente para Morro da Fumaça, Morro da Fumaça e Sua Divina e Humana Comédia, de 1988.”, que já afirmei que sem essa teríamos perdido a Divina e verdadeira história do MORRO DA FUMAÇA. Ficaríamos somente com a Comédia. Obrigado Padre Claudino.

MORRE O PADRE CLAUDINO BIFF

Faleceu na última quarta-feira, 28, vítima de parada cardíaca, aos 66 anos, o padre, escritor, poeta e historiador, Claudino Bif, de Morro da Fumaça. Seu corpo foi velado na Igreja Matriz São Roque e sepultado ontem, 29, no Cemitério Municipal da cidade. Padre Claudino Bif era irmão do ex-prefeito e atual presidente da Cooperativa de Eletrificação Rural, Paulino Bif, e deixa mais duas irmãs Olga Bif Pelegrin e Selma Bif, irmã que serve na Paróquia de Tavares no RS, além da mãe, Idalina Bif de 89 anos. O padre havia realizado duas cirurgias de ponte de safena, possuía um marca-passo e nos últimos meses realizava tratamento de angioplastia e cateterismo em Florianópolis.
            Morro da Fumaça perde mais um filho ilustre, que sempre primou pelo resgate da cidadania da população carente. Sua maior missão de vida era ajudar o próximo, sendo que nos últimos anos se dedicava a proferir palestras para jovens drogados. Resultados deste trabalho com dependentes químicos, foi publicado num dos livros mais comentados e interessantes do padre Claudino, “Raissa, uma viagem ao paraíso das drogas”, que relata a história de uma moça italiana viciada, que acabou sendo recuperada pelo padre, durante sua permanência na Itália por três anos, onde trabalhou como voluntário da igreja.
            Como escritor e historiador, o padre escreveu vários livros, sendo que a primeira obra, publicada em 93, contava com bom humor a história de Morro da Fumaça, sob o título, “Morro da Fumaça e sua Divina Humana Comédia.” Outros livros de destaque foram: Vôos (poesias) Salmos da 25ª Hora, Ópera de Deus, Crônicas da Diocese de Tubarão, e uma obra pronta, mas que não chegou a ser publicada, “Jesus, o Galileu Passionário”. Várias poesias suas foram publicadas pela Unisinos do RS e algumas delas, foram incluídas na Coletânea 3ª Idade, da Fundação Viva Vida do Governo de SC.   
            Seu talento literário foi reconhecido em 94, quando conquistou o Prêmio DC/Pool, Com “Memórias de Nossa Senhora do Desterro e do seu Jumento de Macabeus”. Conforme Anna Vitória que prefaciou Ópera de Deus, Claudino acreditava na literatura como um novo nascimento do homem, da mulher e de um novo milênio. Começou a escrever em 1990, e dizia que sua grande inspiração era a obra francesa, o Pequeno Príncipe. Possuía uma cadeira na Academia de São José e participava como membro da Academia de Letras de Urussanga.
            Paulino Bif exerceu o sacerdócio por 40 anos, e mesmo estando aposentado, nos últimos anos auxiliava nos serviços religiosos da paróquia São Roque o Padre Arcângelo Bússolo. Como padre trabalhou nas paróquias de Tubarão, Laguna, Urussanga e por fim Morro da Fumaça, já como aposentado.
            Desde 1968, atuava como terapeuta de tóxico-dependentes, mas outras causas lhe chamavam atenção como a defesa do meio ambiente. Padre Claudino era sociólogo formado em Roma, tendo trabalhado com personalidades do mundo inteiro.
            O prefeito Claudionor Vasconcelos decretou luto oficial em Morro da Fumaça, por três dias.
 (Fonte: Tribuna Criciumense, 1998 - p.21)