HISTÓRIA DA IGREJA CATÓLICA DE MORRO DA FUMAÇA-SC - Por Pe. Orlando Cechinel


            A 1ª Igreja na Vila de Morro da Fumaça foi iniciada em 1912 e inaugurada em 1915, no dia da festa de São Roque, 16 de agosto de 1915 (pág. 30) – Livro Morro da Fumaça e sua Divina e Humana Comédia – Pe. Claudino Biff.
O livro no arquivo da Paróquia São Roque traz a data de 1915, um dos livros mais antigos que temos.
            A Igreja de Morro da Fumaça era atendida pelos Padres da Paróquia de Cocal, Hoje Cocal do Sul,  Pe. Polonês Francisco Boleslau Chylinski, Cônego Pe. João Dominoni e Pe. Carlos Eugênio Sorger, Alemão.
A 1ª Festa de São Roque, no dia 16 de Agosto de 1915 foi celebrada pelo Pe. Francisco Boleslau Chylinski. O sino mais antigo é de 1923 da fundição do Rio de Janeiro.

            E o São Roque?
           
O Pai do Sr. Pedro Gabriel, esculpiu a formão e a canivete duas imagens, uma de São Roque e outra de Nsa. Sra. da Gloria e doou a Igreja de Morro da Fumaça.
Mais tarde, a Igreja recebeu as novas e grandes imagens que ai estão. As duas pequenas imagens se perderam no tempo, eram relíquias, que dó!...  Quando chegou o São Roque e quando chegou a Imaculada, as estatuas do Sr. Gabriel ficaram de lado. A família dos Gabriel sofreram muito.  Diz-se que o escultor rogou uma praga para que chovesse todos os dias 16 de agosto. As vezes a praga pegava.
            Portanto, no dia 16 de agosto, se cultuava o São Roque Grande e, a família Gabriel e mais um tanto de piedosos festejavam São Roquinho no dia 17 de agosto, (pág.86 do Livro Morro da Fumaça e sua Divina e Humana Comédia – Pe. Claudino Biff.)
            O primeiro São Roque foi esculpido pelo Pai do Sr. Pedro Gabriel que se chamava Guerino Gabriel e a esposa Antonieta, esta imagem pequena foi trazida da Itália.
            A imagem da Imaculada pequenina, também trazida da Itália, (pág.29 do Livro Morro da Fumaça e sua Divina e Humana Comédia – Pe. Claudino Biff.) e,  (Livro Tombo II pág. 101 da Paróquia São Roque).

            Minha vinda como pároco da Paróquia São Roque de Morro da Fumaça, dia 30/01/2000, conhecendo um pouco da história, pois quando criança acompanhava o Cônego João Dominoni, eu me interessei pelo assunto de investigar com as famílias, o paradeiro de São Roquinho e por graça consegui de volta a pequenina e simpática imagem de São Roquinho, o 1º da Igreja e do povo de Morro da Fumaça.
            É bom saber que a imagem de São Roquinho esteve pelo Rio Maina, Criciúma e por último estava na residência aqui em Morro da Fumaça com a Sra. Bernadete Fernandes, em uma gruta na sua residência.
No dia 19 de Setembro de 2007, Eu doei uma imagem de gesso para a família e trouxe com carinho para a casa paroquial a imagem verdadeira, que deve ser retocada  para o Jubileu dos 50 anos de Paróquia de Morro da Fumaça e voltará para os nossos altares.  Está faltando ainda a imagem da Imaculada. São Roque interceda por todos nós. Amém.
 Historia da verdadeira historia – Pe. Orlando Antonio Cechinel.

                  
Dia 12 de janeiro de 1958 com a criação da nova Paróquia de Morro da Fumaça, São Roque, por Dom Anselmo Pietrula, Bispo de Tubarão, a paróquia de Cocal do Sul na pessoa do Cônego João Dominoni entregou para nova paróquia,  Linha Torrens, a imagem de Nsa. Sra. Do Carmo. – Pe. Orlando Antonio Cechinel
História Religiosa em Morro da Fumaça 
Pelos idos de 1910, chegaram os primeiros imigrantes a Morro da Fumaça. Eram todos italianos ou seus descendentes. Ali chegados, encontraram várias famílias de russos de origem alemã, expulsos da Bielo-Rússia. Eram adventistas que guardavam o sábado. Gente piedosa e boa, mas sem a mínima assistência por parte de seus pastores. Línguas e religiões diferentes fizeram com que eles partissem para outras terras.
O cemitério adventista estava plantado à pouca distancia da capela de Linha Torrens. Bortolo Bif comprou suas terras, suas casas e a Igreja de madeira que lhes servia de lugar de oração. Bortolo Bif monta seu cavalo e demanda a Florianópolis e aí solicita uma audiência a Dom João Becker. Dele recebe licença de rezar numa igreja adventista. O Senhor Bispo aconselhou que o vigário de Cocal, Padre Francisco Chylinski, benzesse a dita igreja e a colocasse para o uso dos católicos. Por muitos anos esta foi a Igreja de Morro da Fumaça.  Depois a sede de Morro da Fumaça começou a se povoar.
O povo houve por bem fazer uma Igreja maior, para atender às necessidades religiosas. Sentindo-se maior, esse povo de Morro da Fumaça organizou mais de dez comissões que se deslocavam para Florianópolis, para solicitar de Dom Joaquim Domingues de Oliveira a criação da Paróquia de Morro da Fumaça. Antes que a comitiva chegasse ao Paço Episcopal, o vigário de Cocal, Cônego João Dominoni já convencera o Senhor Arcebispo de não fazer de Morro da Fumaça uma Paróquia.
Quando se prenunciava a criação da Diocese de Tubarão, Dom Joaquim fez sua última visita a Morro da Fumaça. E o nome do padre para a cidade ficou nos arcanos de Florianópolis. Como no final da visita, o Arcebispo não declarou Morro da Fumaça Paróquia, o povo começou a gritar: “Queremos Padre, queremos Padre!”  O Arcebispo não gostou do protesto e rebateu: “Não admito desaforo de italiano topetudo”. Ao que respondeu o patriarca JOSÉ "BÉPI" GUGLIELMI: “O Senhor É topetudo em Florianopolis. Mas quem manda em Morro da Fumaça é José "Bépi" Gugliemi”.

A criação da Paróquia de São Roque, em 12 de janeiro de 1958, no Distrito de Morro da Fumaça, deve-se ao grande empenho de zelosos católicos locais, como: JOSÉ GUGLIELMI, EUGÊNIO PAGNAN, ANTONIO GUGLIELMI, JORGE CECHINEL, PEDRO SARTOR e outros.

Além de Cocal do Sul, Jaguaruna e Içara também cederam capelas suas para a formação da nova comunidade religiosa.

A Comunidade de Linha Torrens, Linha Anta, Esplanada, Santa Apolônia, Rio Vargedo e São João de Urussanga Baixa formam com a Matriz a nova Paróquia de Morro da Fumaça.